
Intervalos – A Escala Maior – Parte 2
É possível que a essa altura você já tenha tentado criar ou ao menos pensado em outras escalas maiores além do Dó e Sol. Se
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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/quirera/patrickandrews.com.br/wp-includes/functions.php on line 6121Provavelmente a coisa mais importante na formação dos alicerces de nosso conhecimento teórico e harmônico, quando falamos de música ocidental, é conhecermos a formação da escala maior e seu campo harmônico. A partir dela, fica mais fácil entendermos outras escalas e campos harmônicos.
Para entendermos de formação de escalas e acordes, precisamos saber claramente sobre intervalos. Para isso, pegamos qualquer nota e comparamos com uma outra. Iremos usar como exemplo a escala de Dó Maior, uma vez que essa não possui acidente, facilitando assim o entendimento.
Antes de vermos os intervalos no gráfico eu quero que você ouça isso:
Você com certeza já ouviu esse som.
Essa sequência intervalar forma a escala maior. Não importa de qual nota comecemos, se seguirmos sempre a mesma sequência de intervalos, irá resultar nessa sonoridade.
Especificamente, essa é a escala de Dó Maior. Se a tocasse no piano, seria apenas necessário tocar as teclas brancas.
Tocarei agora a escala de Sol maior.
A sonoridade é a mesma! Para repetir essa mesma sonoridade, se eu estivesse no piano eu precisei trocar apenas uma tecla branca por uma preta. E por que eu faria isso?
Simples: na escala de Sol maior, para mantermos a sequência intervalar da Escala Maior, ela necessita de uma nota sustenido.
E que sequência intervalar é essa?
Não há mal algum pensarmos na relação intervalar que forma a escala maior, como uma fórmula.
De Dó para a próxima nota, precisamos de um tom. Um tom acima de Dó, é Ré. De Ré, precisamos subir um tom. Encontramos o Mi. Do Mi para a próxima nota, precisamos subir um semitom. A próxima nota no teclado é o Fá. De Fá para a próxima nota, de acordo com a nossa fórmula, precisamos subir um tom. Encontramos a nota Sol. De Sol para a próxima nota, subiremos um tom e encontraremos a nota Lá. De Lá subiremos um tom e encontraremos a nota Si. De Si, subiremos um semitom e encontraremos a nota Dó.
Observação: repetimos a primeira nota no final porque precisamos saber qual o intervalo que vem após a sétima nota.
Essa sequência intervalar forma a escala maior. Qualquer nota que comecemos e siga essa sequência, formará essa sonoridade.
Vamos então fazer a escala de Sol maior?
De Sol para a próxima nota, precisamos subir um tom. Encontramos a nota Lá. De Lá para a próxima, de acordo com a nossa fórmula, temos que subir um tom. Encontramos a nota Si. De Si para a próxima, precisamos subir um semitom. Encontramos a nota Dó. De Dó para a próxima nota, precisamos subir um tom. Encontramos a nota Ré. De Ré para a próxima nota, subiremos um tom. Encontramos a nota Mi. De Mi para a próxima nota, precisamos subir um tom. Do Mi para o Fá é uma distância de semitom. Então teremos que subir um semitom acima do Fá, para que possamos respeitar a nossa fórmula. Dessa forma, a gente só precisa contar as teclas. Acompanhe comigo: Mi pro Fá é um semitom. Eu preciso de um tom. Preciso então subir apenas mais um semitom.
Eu queria enfatizar da importância de a princípio memorizar essa sequência intervalar de Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom, Semitom. Interiorize essa sequência o quanto antes.
1 Semitom + 1 Semitom = 1 Tom
Percebe a sonoridade da escala maior?
Se pegarmos qualquer nota e aplicarmos essa fórmula, encontraremos sempre uma escala maior. Perceberemos que encontraremos sempre escalas com diferentes acidentes, sejam eles sustenidos ou bemóis. Veremos isso melhor daqui a pouco.
Bem, tomando como base a escala maior, irei falar agora dos intervalos.
Vamos enumerar cada nota, de Dó a Si, de 1 a 7.
Cada nota vamos agora chamar de grau. Ou seja, Dó é o 1º Grau que também chamaremos de Tônica, Ré o 2º Grau, Mi o 3º Grau e daí em diante. Essa fórmula nos dará os seguintes intervalos:
A escala maior sempre será formada por esses graus. Então podemos dizer que, independente de qual nota iniciemos, se a partir dela respeitarmos a sequência intervalar de Tom, Tom, Semitom, Tom, Tom, Tom, Semitom, nós teremos os graus: T, 2M, 3M, 4J, 5J, 6M, 7M.
Perceba que nos graus 4 e 5, ao invés de chamarmos de Maior, chamamos de Justa. Em inglês chamamos de Perfect. Na música ocidental, esses intervalos são considerados Perfeitos, daí o nome. De qualquer forma, é apenas questão de nomenclatura. Portando, ao escrever ou falar, faça a diferenciação nesses dois graus, sempre chamando-os de quarta justa e quinta justa e não quarta maior e quinta maior.
A essa altura você pode estar se perguntando sobre as notas restantes que estão entre as notas que não apareceram. Como iremos chamá-las?
T 2M 3M – Entre a T e a 2M, existe uma nota. Essa nota será a Segunda Menor. Ou seja, ao descermos um semitom a partir da Segunda Maior, encontramos a Segunda Menor.
T 2m 2M 3M – Entre a Segunda Maior e a Terça Maior, se subirmos um semitom a partir da Segunda Maior, encontramos a Segunda Aumentada.
Podemos, a partir desse exemplo, encontrar os demais intervalos. Vimos que:
Antes da Segunda Maior temos a Segunda Menor e depois da Segunda Maior a Segunda Aumentada.
A nomenclatura se mantém igual no terceiro grau. Se descermos um semitom a partir da Terça Maior, encontraremos a Terça Menor.
Porém devemos observar uma coisa. Da Terça Maior para a Quarta Justa temos uma distância de Semitom. Ou seja, ao subirmos um semitom a partir da Terça Maior, é melhor não chamarmos de Terça Aumentada e sim de Quarta Justa.
Teremos intervalos enarmônicos. A Segunda Aumentada tem o mesmo som da Terça Menor. A Terça Aumentada igual a Quarta Justa. Lembrando que não é comum encontrarmos alguma nota como Terça Aumentada.
O mesmo acontecerá com o grau enarmônico a Terça Maior, como será mostrado agora.
A nota que está um semitom abaixo da Quarta Justa é a Terça Maior. A nomenclatura para o quarto e quinto graus, quando descemos um semitom, chamamos de Diminuta. Lembrando para não confundir com o Acorde Diminuto nem com a Escala diminuta. Estamos falando de graus.
O grau que vem antes da Quarta Justa, optaremos por chamar de Terça Maior ao invés de Quarta Diminuta.
O grau que vem um semitom acima da Quarta é a Quarta Aumentada. No quinto Grau, temos a Quinta Justa. Um semitom abaixo temos a Quinta Diminuta, que é enarmônico a Quarta Aumentada.
Ao descermos um semitom a partir da Sexta Maior, encontraremos a Sexta Menor, que é enarmônica com a Quinta Aumentada, e quando subimos um semitom acima da Sexta Maior, encontramos a Sexta Aumentada.
Até aqui pudemos conferir que os graus que possuem a nomenclatura de Maior, quando essa desce um semitom será menor…
E quando subimos um semitom a partir desses graus, encontramos um grau aumentado.
Lembrando que não é comum usarmos Terça Aumentada e sim Quarta Justa.
Já na nomenclatura de Justa, quando desce um semitom será diminuta e quando sobe um semitom, igualmente a Maior, será aumentada.
Você pode estar se perguntando porquê eu não falei do sétimo grau. Bem, acontece algo um pouco diferente nele.
No sétimo grau não encontraremos a Sétima Aumentada, pois se trata de uma enarmonia com a própria tônica. Por outro lado, o sétimo grau desce Dois semitons. Um semitom abaixo da Sétima Maior encontramos a Sétima Menor. Um semitom abaixo da Sétima menor, encontramos a Sétima Diminuta.
Dessa forma, temos todos os graus:
Mestre e Doutor em Educação Musical pela UFBA. Bacharel em Composição e Regência e graduado em guitarra pelo Los Angeles College of Music. Ex-aluno de Frank Gambale.
É possível que a essa altura você já tenha tentado criar ou ao menos pensado em outras escalas maiores além do Dó e Sol. Se
A escala Diminuta Dominante ou Diminuta Semitom-Tom, tem em sua formação quatro tons e quatro semitons que surgem na seguinte ordem: ST T ST T
Provavelmente a coisa mais importante na formação dos alicerces de nosso conhecimento teórico e harmônico, quando falamos de música ocidental, é conhecermos a formação da