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Intervalos – A Escala Maior – Parte 2 – Patrick Andrews

Intervalos – A Escala Maior – Parte 2

É possível que a essa altura você já tenha tentado criar ou ao menos pensado em outras escalas maiores além do Dó e Sol. Se não, tente descobrir as notas das escalas de Lá e de Si.

Quantos e quais acidentes existem nessas escalas? Você observou as distâncias de Tom e Semitom da maneira correta?

A    B    C#    D    E    F#    G#

A escala de Lá Maior possui 3 acidentes: C#, F# e G#.

B    C#    D#    E    F#    G#    A#

A escala de Si Maior possui 5 acidentes: C#, D#, F#, G# e A#.

É de fundamental importância conhecermos os acidentes das escalas, quantos e quais. Por outro lado, não recomendo que tente decorar. O quanto mais você praticar e usar as escalas de maneira consciente, mais fácil será de interiorizar esse conhecimento.

De qualquer forma, irei mostrar duas maneiras que facilitará o processo de reconhecimento dos acidentes na escala. Uma será no papel e outra através do braço da guitarra.

No papel, tem uma fórmula muito simples de aprender.

 

Iniciaremos por Dó e subiremos a escala até o Sétimo grau, que é a nota Si. Contaremos cinco notas a partir do Dó, que resultará na nota Sol.

Iniciaremos então uma nova fileira de notas abaixo do Dó, começando por Sol indo até o sétimo grau, que é o F. No último grau, transformamos ele em Sustenido.

Então, repetiremos esse processo prestando atenção para repetir nas demais escalas todos os sustenidos que apareceram antes. Ou seja, a escala de Ré, além de possuir Dó sustenido, também possuirá o Fá sustenido, presente na escala anterior. A escala de Lá possuirá, além do Sol sustenido, Dó sustenido e Fá sustenido, e assim por diante.

Chamamos isso de Ciclo das Quintas, uma vez que começamos cada nova escala a partir do quinto grau da escala anterior, iniciado por Dó.

Dessa maneira descobrimos todas as escalas com os acidentes sustenidos.

Agora irei mostrar as escalas com bemóis.

 

Para achar os acidentes sustenidos das escalas maiores, utilizamos o Ciclo de Quintas. Para acharmos as escalas com acidentes bemóis, utilizaremos o Ciclo de Quartas. A regra é parecida, mas possui algumas mudanças.

Iniciamos montando a escala de Dó, indo de Dó a Si. Agora, contamos, a partir do Dó, quatro notas, que será o Fá. Então, iniciamos a escala a partir de Fá, e no quarto grau, colocamos um bemol. Esse grau que acabou de ser bemolizado, descerá para a fileira de baixo e começaremos uma nova escala a partir de Si bemol. No quarto grau, colocamos bemol e fazemos o mesmo processo, repetindo todos os bemóis que aparecerem nas escalas seguintes.

Se você conferir, todas essas escalas possuem aquela nossa fórmula da escala maior de T  T  ST  T  T  T  ST.

Agora preste atenção nos sétimos graus. Essa sequência de sustenidos, F#, C#, G#, D#, A#, E#, B# é a mesma que encontraremos na Armadura de Clave, na partitura, das escalas com sustenido. O mesmo acontece no Ciclo de Quartas, nos quartos graus da escala. Esses bemóis aparecem na ordem em que montamos a Armadura de Clave das escalas com bemol.

Vale lembrar que para cada acidente maior, teremos o equivalente a mesma armadura a sua relativa menor. Ou seja, Ré Maior possuirá a mesma armadura de clave de Si Menor, resultando assim em 30 tonalidades.

 

Uma maneira rápida de identificar qual a armadura de clave nos sustenidos, é identificar o último sustenido. Ele estará um semitom abaixo da tonalidade maior. No caso exemplo acima a última nota é Ré sustenido, ou seja, a nota após Ré sustenido é Mi. Então esta é a armadura de clave de Mi maior (ou Dó sustenido menor).

Para identificar a armadura nos bemóis, a tonalidade maior será justamente o penúltimo bemol a aparecer, com exceção do Fá maior, que só possui um bemol. No exemplo acima, temos a armadura de clave de Ab Maior (ou F menor).

Agora vou ensinar uma maneira fácil de enxergamos os acidentes das escalas maiores no braço da guitarra. Lembrando que, quanto mais informações possuirmos sobre um determinado assunto, quanto mais diferentes maneiras tivermos de chegar a um destino, melhor. Isso refletirá no momento em que estamos tocando. Já temos muito o que pensar no ato de tocar, e quanto mais caminhos conhecermos, poderemos focar mais na música em si. Clique no link para acessar: Como Descobrir os Acidentes (Sustenido e Bemol) de todas as Escalas em Apenas 3 Passos

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Patrick Andrews

Mestre e Doutor em Educação Musical pela UFBA e Universidade de Aveiro (Portugal). Bacharel em Composição e Regência e graduado em guitarra pelo Los Angeles College of Music (EUA). Ex-aluno de Frank Gambale.

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